Homeopatia é uma terapêutica baseada em princípios diferentes dos da medicina convencional. Consiste em restabelecer o equilíbrio do organismo estimulando o mecanismo de defesa com foco no indivíduo, e não na doença. Por isso a homeopatia é considerada uma medicina holística, ou seja, que considera o ser humano como um todo.
É o princípio filosófico que sustenta a homeopatia. É baseado na ideia de que há um princípio vital em todos os seres e que este atua sobre a matéria visível. Este princípio vital produz todos os fenômenos da vida no corpo do ser humano. Controla as funções, o desenvolvimento do organismo e a direção de suas atividades. A energia vital do ser humano é parte da energia que permeia todos os seres vivos e se encontra em tudo que existe no universo; onde existe energia vital existe movimento e este nada mais é que sua manifestação.
Toda substância capaz de provocar determinado conjunto de sintomas num indivíduo saudável pode curá-lo em um organismo doente. Não se trata de combater a doença com a própria doença, mas com uma substância que causa os mesmos sintomas da doença no organismo saudável.
Consiste basicamente em administrar uma determinada substância em um grupo de pessoas saudáveis para coletar, registrar e analisar os sintomas obtidos. Necessitamos na experimentação observar os sintomas que os medicamentos produzem nos indivíduos saudáveis para conhecermos o poder curativo demonstrado por cada medicamento.
Por que em seres humanos e não em animais? Porque a doença se manifesta no ser humano através de sinais e sintomas objetivos, mas também por sintomas subjetivos. E não é possível registrar sintomas subjetivos de animais, por não serem capazes de comunicá-los durante a experimentação.
Um único medicamento deve ser prescrito ao doente de acordo com sua sintomatologia, tanto física quanto mental-emocional. Esse medicamento é chamado similimum, o remédio que está em ressonância com o estado atual do doente no qual estimulará seu mecanismo de defesa para trazer a cura.
Os homeopatas que seguem esse princípio homeopático são chamados homeopatas clássicos ou unicistas, enquanto que os homeopatas que utilizam vários medicamentos simultaneamente ou em intervalos de tomadas são chamados pluralistas ou complexistas.
O processo de dinamização (ou potencialização) da substância é sua diluição seguida de agitação vigorosa (sucussão). Através de sucessivas dinamizações da substância retira-se sua toxicidade e potencializa seu efeito curativo para liberar a energia latente em seu estado bruto, esta age estimulando a energia do paciente em direção a cura obtendo curas mais suaves e agravações menos intensas.
A cura deve proceder do centro para a periferia. Isso significa de cima para baixo, de dentro para fora, dos órgãos mais importantes para os menos importantes, e da cabeça para as mãos e os pés. Os sintomas recentes são os primeiros a curar e os sintomas mais antigos são os últimos a desaparecer.
Por que é tão importante entender e seguir essa lei? A significação dessa lei está ligada ao conceito de supressão (esconder, ocultar). Quando o doente não é tratado como um todo, qualquer tratamento (inclusive o homeopático) só conseguirá esconder os sintomas, mas sem curar a doença que, ao contrário, se desloca em profundidade, na direção de órgãos mais importantes no organismo. Por exemplo, um eczema suprimido é rapidamente seguido por sintomas de asma.
A homeopatia é uma medicina fundada pelo médico alemão Christian Samuel Hahnemann em 1796. No início do século XIX, Samuel Hahnemann, inconformado com a medicina extremamente agressiva ensinada e praticada à sua época, foi procurar uma alternativa segura e eficaz para o tratamento dos doentes. Com muito estudo e inaugurando a medicina experimental, ele estruturou a nova arte de curar: a Homeopatia. Seu ideal de cura partia dos princípios de menor “quantidade” (dose) de uma substância (medicamento) com a maior eficácia e que provoque o menor dano possível num organismo.
Desde o início o tratamento homeopático começa com uma longa entrevista, com duração de pelo menos uma hora, na qual são levantados todos os aspectos da doença e vida do paciente. Seus hábitos tais como: sono, alimentação, peculiaridades, também seu histórico familiar e médico, aspectos emocionais tais como medos, traumas etc.
O diagnóstico de uma doença é uma pequena parte do que o homeopata precisa saber para poder encontrar o remédio adequado, porque frequentemente são prescritos remédios diferentes para uma mesma doença em indivíduos diferentes pois apresentam sintomatologia bem diversa. A homeopatia considera cada indivíduo único e, portanto, considera os sintomas físicos bem como o quadro emocional-mental de cada caso em particular.
A homeopatia é indicada em todas as fases da vida, desde a infância até à senilidade. Os bebês e crianças são muito beneficiados pelo tratamento homeopático devido a sua rápida resposta imunológica, sendo de grande valia no tratamento das doenças infantis, evitando o uso repetido de antibióticos, cortisona e outros medicamentos que reduzem a imunidade. Seu uso é muito amplo, também é utilizada no tratamento de animais e na agricultura.
Qualquer pessoa pode se consultar, mas, devido às crises existenciais comuns desses períodos, os homeopatas são muito procurados por pessoas na puberdade, maturidade e menopausa. O tratamento é individualizado — uma vez que cada paciente possui necessidades diferentes — e costuma ser muito indicado para resolver distúrbios emocionais (como depressão e ansiedade), problemas do trato gastrointestinal, dermatológicos e respiratórios. Suas vantagens em relação ao tratamento convencional são inúmeros, porque a homeopatia considera cada indivíduo como único englobando os aspectos físicos, emocionais e mentais e utiliza medicamentos que estimulam seus mecanismo de defesa e não geram efeitos colaterais indesejados. Os benefícios mais evidentes em curto espaço de tempo são: aumento de energia, mais disposição, sistema imunológico mais forte e ativo para se reequilibrar mais prontamente.
No tratamento em casos agudos a homeopatia agirá rapidamente, em minutos ou em poucas horas, aliviando os sintomas intensos até o total restabelecimento. Em tratamentos crônicos, de uma maneira geral, considera-se um mês de tratamento para cada ano sofrido com a doença. Mas isso varia, pois geralmente foi feito o uso extensivo de medicamentos alopáticos e o processo de cura será assim retardado.
Nos últimos 250 anos, um ponto de vista materialista do universo avançou no pensamento das sociedades industrializadas, e o conceito vitalista, consequentemente, caiu em descrédito. O mundo passou a ser visto pela ciência como totalmente explicável em termos puramente mecânicos. As ciências biológicas também adotaram esse ponto de vista; dessa forma, acumulou-se uma grande quantidade de informação relacionada ao funcionamento físico e químico do corpo humano. Esses dados são verdadeiros e corretos, porém não contradizem de modo algum a ideia da força vital. Os mecanismos físicos e químicos são apenas instrumentos da força vital que agem sobre o plano físico do organismo. Até o momento atual não temos meios de mensurar a energia vital nos seres vivos bem como nos medicamentos homeopáticos. A falha em provar a eficácia da homeopatia através dos métodos científicos tradicionais deve-se ao fato de desconsiderar os princípios homeopáticos, a individualização do doente para a prescrição do medicamento correto.