Juliana Keiko Hayashi
“A homeopatia é, além de uma terapêutica, também uma filosofia de vida, uma percepção de mundo na qual é baseado o estudo e entendimento das leis naturais para uma melhor integração do indivíduo com seu meio. É a busca pelo ideal da harmonia entre corpo, mente e espírito. É um contínuo aprimoramento da observação, da escuta, respeito pela individualidade e da percepção cada vez profunda das relações dinâmicas e seus efeitos.”
Formada em Homeopatia pela Faculdade Inspirar e posteriormente em Homeopatia Clássica pela Academia Internacional de Homeopatia Clássica do professor George Vithoulkas. Participa dos seminários de homeopatia clássica aonde se reúnem homeopatas do mundo todo em Alonissos, Grécia.
George Vithoulkas
“O benefício da homeopatia a longo prazo, é não somente aliviar os sintomas, mas restabelecer a ordem interna em níveis mais profundos e, portanto, oferecer uma cura duradoura.”
George Vithoulkas é um professor grego de homeopatia reconhecido em todo o mundo como o homeopata que restabeleceu a homeopatia no século XX. Teve contato com o conhecimento homeopático em 1960 e desde então pratica a homeopatia e já tratou milhares de casos. Fundou a Academia Internacional de Homeopatia Clássica em Alonissos, na Grécia em 1995. Estabeleceu padrões científicos na teoria e prática da homeopatia, treinou milhares de homeopatas e muitos dos homeopatas clássicos mais conhecidos do mundo. Em 1996, ele foi homenageado com o Right Livelihood Award (também conhecido como Prêmio Nobel Alternativo).
George Vithoulkas é hoje Professor Honorário de diversas universidades do mundo e autor de vários livros sobre homeopatia.
Samuel Hahnemann
“Quanto mais palpável é uma verdade, mais tempo requer para conquistar o lugar a que tem direito. Os obstáculos, que se colocam em seu caminho, se devem a que essa verdade desencadeia ao seu redor um verdadeiro ódio. Pois, ela anuncia uma revolução, uma perturbação dos interesses existentes e dos lugares conquistados.”
No dia 10 de abril de 1755, nasceu em Meissen, no leste da Alemanha, Christian Friedrich Samuel Hahnemann, o médico que iria revolucionar os métodos terapêuticos. Iniciou o curso de Medicina na Universidade de Leipzig, porém, insatisfeito com o enfoque exclusivamente teórico das aulas, transferiu-se para Viena. Embora considerado bom médico, Hahnemann estava desiludido com a pouca eficácia dos métodos terapêuticos usados na época.
Em 1790, traduziu o tratado Matéria Médica, do inglês Willian Cullen, que relatava as propriedades curativas da Chinchona officinalis, ou quinina, contra a malária. Intrigado, Hahnemann testou em si mesmo a substância e desenvolveu sintomas semelhantes aos da doença. Subitamente, tomou consciência do que ocorrera: quinina acarretava sintomas semelhantes aos apresentados pela enfermidade que curava. Hahnemann começou seus tratamentos aplicando grandes doses. Mas, devido a efeitos colaterais, procurou desenvolver um procedimento para proteger o paciente e evitar intoxicações. Passou então a diluir as substâncias para que fossem ministradas em pequenas quantidades. Hahnemann concluiu também que, se os processos de saúde, doença e cura são dinâmicos, o medicamento também deveria ser. Sendo assim, as substâncias homeopáticas passariam pelo chamado processo de dinamização: ao serem preparadas, deveriam sofrer batidas fortes e ritmadas para despertar a energia contida nos elementos. Ele publica em 1796 o importante ensaio ‘Um novo método para averiguar os princípios curativos das drogas’, onde descreve o poder curativo das plantas, seguido por seu famoso trabalho publicado em 1810 – O Organon da Arte de Curar. A lei dos semelhantes já havia sido descrita por Hipócrates e Paracelso séculos antes, bem como foi utilizada por diversas sociedades, como os maias, chineses, gregos, índios nativos americanos e asiáticos. No entanto, foi Hahnemann que transformou a lei dos semelhantes em um sistema de tratamento e cunhou o termo homeopatia, do grego “homoio” similar e “pathos” doença., do princípio “Similia similibus curantur”, semelhante cura semelhante, que se tornou o princípio da homeopatia.